A proteção contra incêndio pode ser dividida em ativa e passiva, uma não substituindo a outra, pois as duas em conjunto são muito mais eficazes, atuando de modo distinto e garantindo a segurança das pessoas e do patrimônio.
A proteção ativa está mais presente no nosso cotidiano e são sistemas já conhecidos pela maioria dos profissionais. São os extintores, sprinklers, hidrantes, alarmes e outros equipamentos que necessitam de um acionamento manual ou automático para seu funcionamento.
Já a proteção passiva tem o objetivo de reagir ao calor do fogo sem nenhuma intervenção externa para começar a atuar. Ela permite ganhar tempo, reduzindo os danos de um incêndio ao restringir a sua propagação e permitir que ele seja extinto o mais rápido possível.
Fique atento para revisão das normas
Responsável por elaborar e revisar normas associadas aos componentes e elementos construtivos a Comissão de Estudos Corta Fogo, que integra o Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio da ABNT, realizou recentemente a revisão de algumas normas anteriormente publicadas, podendo ser destacadas as seguintes:
1. Revisão da norma ABNT NBR 11742 - PORTA CORTA FOGO PARA A SAÍDA DE EMERGÊNCIA, PUBLICADA EM 29/08/2018
O enclausuramento de escadas e a compartimentação das edificações visam compor a setorização de riscos, de forma a controlar a propagação de fogo e fumaça, permitir a saída segura das pessoas e facilitar as operações de combate e resgate. Em ambas as situações as portas corta-fogo para saída de emergência compõem estas soluções. Devem, neste caso, ser dotados de capacidade de suportar ação do incêndio por determinado período, avaliada por meio de ensaios de resistência ao fogo.
Quando tais portas estão associadas às saídas de emergência, devem atender as condições estabelecidas nesta norma, que fixa os requisitos exigíveis para garantir o cumprimento de suas funções.
PROPÕE-SE que essas portas corta-fogo permaneçam abertas por meio de dispositivos de retenção que assegurem sua liberação em caso de incêndio, para fechamento automático de incêndio, por meio de qualquer dispositivo de inicialização de alarme, de acordo com a ABNT NBR 17240
Outro exemplo de reformulação corresponde à introdução da possibilidade, com os devidos critérios técnicos, de que portas de saída de emergência sejam dotadas de visores, ou mesmo, que sejam compostas parcialmente com vidro resistente ao fogo.
2- Revisão da norma ABNT 11785 – BARRA ANTIPÂNICO - REQUISITOS, PUBLICADA EM 09/11/2018
Define-se um conjunto de requisitos para classificação, fabricação, identificação, unidade de compra, conteúdo do manual técnico, armazenamento, instalação, funcionamento, manutenção e ensaios. A classificação destes produtos passou a ser feita com base em três critérios: forma de acionamento; disposição dos travamentos e aplicação/ utilização. Esse último critério incorpora a maior mudança na norma, pois define três classes de barras:
Classe C, corresponde às barras antipânico de uso regular, destinadas à aplicação em portas de saída de emergência que não necessitam apresentar características corta-fogo;
Classe F, que corresponde às barras antipânico destinadas à aplicação em portas corta-fogo de saída de emergência de acordo com ABNT NBR 11742, com requisitos específicos de resistência ao fogo;
Classe H, consistindo das barras antipânico destinadas à aplicação em portas de saída de emergência com requisitos adicionais para aplicações de elevada frequência de uso, e que define as classificações adicionais C/H e F/H.
3. Revisão de normas NBR 14925 – Elementos construtivos envidraçados resistentes ao fogo para compartimentação, encaminhada à ABNT para publicação em fevereiro de 2019.
Os elementos envidraçados são constituídos não apenas pelo vidro, mas também pelos componentes de fixação e estruturação. A capacidade dos elementos envidraçados resistirem ao fogo depende do vidro, do método de envidraçamento, do tipo de caixilho, do tamanho do adjacente à área envidraçada.
A resistência ao fogo é atendida na medida em que o incêndio em que o elemento envidraçado é capaz de manter, em condições de incêndio, a capacidade portante (caso tenha função estrutural), a integridade mecânica, a estanqueidade, a isolação térmica, redução de radiação térmica, o controle da fumaça e o fechamento automático de uma ou mais destas características é necessário em função do papel que os elementos envidraçados devem cumprir em relação à proteção contra incêndio nas edificações.
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Fonte: Revista Incêndio
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